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REDES SOCIAIS E EDUCAÇÃO

Profº JOAO AUGUSTO MATTAR NETO

E PROFA. MARILENE GARCIA

  • Redes Sociais e aprendizagem colaborativa

            Ao resinificar culturas as diretrizes da sociedade do conhecimento como pilar do avanço da globalização apresenta um novo conceito de cultura e educação que precisam estar intimamente articulados na produção de novas formas de aprendizado e produção de conhecimento.

            O aprendizado presente no uso das Redes sociais é um componente significativo para as gerações de hoje. A geração Y, para Tapscott (2008)[1], apresenta características principais que residem em um amplo mergulho na interatividade, hiperestimulação e plataformas digitais. São curiosos, alegres e flexíveis, adaptam-se rapidamente às mudanças.Esses indivíduos nascidos a partir dos anos 80, compõem a chamada geração da internet, ou geração do milênio. Rifkin (2001)[2] aponta a geração Z como indivíduos que nasceram a partir dos anos 90, percebidos como nativos digitais, que zapeiam canais, alternativas de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Eles não conheceram o mundo sem computador, sem redes sociais, sem telefones celulares.

            Para Prenski (2010)[3] os alunos se redefinem e, portanto,  nunca são os mesmos para este modelo educacional que foi feito para eles, pois as tecnologia móveis integram suas vidas e devem ser consideradas para sua educação.

            Para Coutinho & Quartiero (2009)[4], ao consumir imagens, textos, programas, vídeos, entre outros, o indivíduo volta-se para a crença de que determinados saberes, que são compartilhados pela conectividade das redes virtuais, são verdadeiros e reais, pois esta perspectiva influencia diretamente nossos sentimentos, códigos e significados, construídos historicamente.

            As redes sociais estão presentes na vida de quase todos os indivíduos em contextos atuais.  Ela tem gerado muitas interações e trocas afetivas e de saberes em comunidades de aprendizagem, já que funcionam como agente facilitador do compartilhamento de informações, de temáticas debatidas nas salas de aulas, também como promotor de organização de grupos de estudo e trabalho. Além disso, pode ser responsável por agilizar e facilitar as comunicações entre os diferentes atores e segmentos de uma Instituição escolar.

[1] TAPSCOTT, D. Geração Y vai dominar força de trabalho. ITWEB. 2008. Disponível http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=48473. Acesso em 30/10/2008.

[1] RIFKIN, Jeremy. A era do acesso. São Paulo: Pearson-Makron Books, 2001.

[1] PRENSKY, M. Teaching digital natives: partnering for real learning. California: Corwin, 2010.

[1] COUTINHO, L. M; QUARTIERO, E. M. Cultura, mídias e identidades na Pós-modernidade. Perspectiva: Florianópolis, v. 27, n. 1, jan./jun. 2009.

 

            Mattelart (2006)[5] nos adverte então, sobre o fato de que nessas trocas virtuais de conhecimento e saberes, pode ocorrer a

ausência de senso crítico sobre o contexto e o conhecimento que circula. Por isso, a aquisição de novas ideias e valores é construída porque há a visão de que o conhecimento deve ser buscado de forma sistêmica, no entanto, marcando que este conhecimento não é estático mas sim dinâmico e processual e remete-nos a ênfase de que todo educador deve ser devidamente qualificado, passar por processos de capacitação e saberes, com atividades humanas que comportem dimensões técnicas e psicossociais.

            Quando temos professores, educadores devidamente inseridos em uma lógica de formação continuada, é possível fazer um trabalho muito fecundo com o uso das redes sociais. Para Nóvoa(1992)[6] ao conceito de formação continuada está preso a uma reflexão da prática sobre a prática, com dinâmicas que trabalhem a investigação de ações e formações, buscando entender histórias e trajetórias dos docentes. Peters( 1998)[7] nos diz que a educação não termina no último certificado que você obteve, estudar deve ser para a vida toda, sem interrupções. Para ele, a educação é o “grande jogo” que se deve jogar e vencer ma economia global.

           Entendemos, pois, que trabalhando com a aprendizagem colaborativa pode-se resgatar a sala de aula em um novo tempo e um novo espaço. Os alunos preservam a idéia de "turma", mas o tempo é outro - é assíncrono. E a sala está em um outro espaço - o ciberespaço, que permite coisas inimagináveis, diferentes do ensino por correspondência, via rádio ou do que se faz através da TV educativa; possui inusitadas possibilidades de interação, envolvendo  alunos e professores no contexto de uma comunidade virtual de aprendizagem colaborativa.

[1] MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. 2. ed. Revista e atualizada.

São Paulo: Edições Loyola, 2006.

[1] NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.    

 [1] PETERS, Tom. "O círculo da inovação." São Paulo: Harbra 4 (1998).

          Até aqui, podemos dizer que a autonomia, interatividade e a aprendizagem colaborativa são certamente, elementos fundamentais, que precisam ser bem compreendidos para que se possa dinamizar o ensino on-line. Na realidade, eles são estruturadores das dinâmicas, das atividades didáticas, das inter-relações entre os sujeitos envolvidos na ação educativa e do próprio processo de crescimento dos alunos e professores.

            De qualquer maneira, podemos dizer que o modelo de ensino virtual atende em grande parte as demandas das gerações atuais em formação, pois estas anseiam por aprender de forma colaborativa, aprender com o uso de seus celulares, tablets e smartphones. Mas há de se registra que o uso da tecnologia colabora sim para o desenvolvimento de aulas mais diferenciais, inovadoras e criativas, no entanto, o resultado final desta perspectiva de ensino dependerá muito do projeto a ser desenvolvido pelo professor, bem como da metodologia adotada e o direcionamento pedagógico.

            O Uso das Redes Sociais não pode mais ser desconsiderado para formar opiniões, compartilhar informações e conhecimentos. Utiliza-se para aprendizagem colaborativa, para socialização, para buscas e pesquisas, divulgação. Enfim, uma forma de comunicar global e rápida. As Redes Sociais estão na ordem do dia dos indivíduos e dão sentido à sociedade do conhecimento e a Cibercultura.

            Para Jonassen (1996)[8] o uso das tecnologias como recursos para aprendizagem devem estimular professores e alunos a interagirem em equipe para solucionar problemas e desenvolver projetos significativos.

            Com esse olhar, consideramos as redes sociais uma aliada importante para promoção da aprendizagem em tempos atuais. Desde os mais populares como o facebook, o whatsapp, o Google +, o twitter e o snapchat até outras não tão ampliadas como o linkedin entre outros. Elas servem para disponibilizar materiais de apoio e mesmo, promover discussões online. Cada vez mais elas integram o cotidiano dos alunos nas escolas e um professor que interage e

[1] JONASSEN, D. O uso das tecnologias na Educação à Distância e as aprendizagem construtivista. Em aberto, Brasília, n.70, ano 16, abr./jun., 1996.

 

conhece os interesses e percepções de seus alunos por este caminho, por exemplo, consegue criar aulas mais focadas e interessantes para eles.

            Debater sobre conceitos inovadores é dizer que o tempo está passando e que se nós, professores, não entendermos a real necessidade de fazermos uma prática de ensino diferencial seremos todos devorados por uma série de métodos e tecnologias que atraem e ao mesmo tempo dinamizam contextos de aprendizagem. Claro está que a capacidade de criar e reinventar maneiras e propostas de ensinar e aprender não nos serão destituída jamais, pois temos esta habilidade que pode ser traduzida em inúmeras experiências que colecionamos de forma competente, no entanto, pensamos que se podemos dar uma incrementada em nossas aulas, saberes e fazeres educacionais devemos atentar para a percepção de que quanto mais nos esforçamos para entrar no contexto da sociedade da informação, em que as mesmas circulam de forma velox e são rapidamente, também, transformadas em conhecimento, mais as atuais gerações que precisam ser educadas e formadas social e profissionalmente, estarão interessadas e prontas para adquirirem novos conteúdos.

Referências

 

COUTINHO, L. M; QUARTIERO, E. M. Cultura, mídias e identidades na Pós-modernidade. Perspectiva: Florianópolis, v. 27, n. 1, jan./jun. 2009.

JONASSEN, D. O uso das tecnologias na Educação à Distância e as aprendizagem construtivista. Em aberto, Brasília, n.70, ano 16, abr./jun., 1996.

LEVY, P. A inteligência coletiva: para uma antropologia do ciberespaço. Lisboa: Instituto Piaget,1994

MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. 2. ed. Revista e atualizada.

NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

PETERS, Tom. "O círculo da inovação." São Paulo: Harbra 4 (1998).

PRENSKY, M. Teaching digital natives: partnering for real learning. California: Corwin, 2010.

RIFKIN, Jeremy. A era do acesso. São Paulo: Pearson-Makron Books, 2001.

TAPSCOTT, D. Geração Y vai dominar força de trabalho. ITWEB. 2008. Disponível http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=48473. Acesso em 30/10/2008.

 

[1] TAPSCOTT, D. Geração Y vai dominar força de trabalho. ITWEB. 2008. Disponível http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=48473. Acesso em 30/10/2008.

[2] RIFKIN, Jeremy. A era do acesso. São Paulo: Pearson-Makron Books, 2001.

[3] PRENSKY, M. Teaching digital natives: partnering for real learning. California: Corwin, 2010.

[4] COUTINHO, L. M; QUARTIERO, E. M. Cultura, mídias e identidades na Pós-modernidade. Perspectiva: Florianópolis, v. 27, n. 1, jan./jun. 2009.

[5] MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. 2. ed. Revista e atualizada.

São Paulo: Edições Loyola, 2006.

[6] NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.    

 

[7] PETERS, Tom. "O círculo da inovação." São Paulo: Harbra 4 (1998).

[8] JONASSEN, D. O uso das tecnologias na Educação à Distância e as aprendizagem construtivista. Em aberto, Brasília, n.70, ano 16, abr./jun., 1996.

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